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quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Eu mudei
Postado por Bia às 21:01
segunda-feira, 26 de julho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Paz
Hoje, eu andei pelo Leblon.
Andei de uma maneira descompromissada, sem expectativas ou hora marcada.
E me esqueci da vida.
Enquanto adentrava pelas ruas do Leblon, mais fundo ia em mim mesma.
E assim, de dentro, vi a vida mais leve, me encontrei no silêncio d'alma. Aquele silêncio mágico que tudo diz.
- Não era pesado como os silêncios que precedem os esporros. Nem denso como as calmarias antes das tempestades.
Era tranquilo. E isso me bastou.
Postado por Bia às 20:07
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Ela
Ela estava ali: sexy, a me olhar. Pronta. Vestida para matar sua vontade e o meu desejo.
Foi abrir a porta e me deparar com aquilo. A cabeça, a rodar, pensava em tudo ao mesmo tempo. Fiquei assim, parado em êxtase, sem noção do tempo. Preso por uma infinidade de nanossegundos... ela era expert em capturar meus sentidos.
O olhar de menina no corpo de mulher foi a combinação que me fisgou. Estávamos juntos há pouco mais de um ano. Lembro do exato momento que a vi. Ela roubou minha atenção sem sequer me dirigir uma só palavra - foi seu olhar que me arrebatou. E ela sabia disso. Tinha plena consciência do seu impacto sobre as pessoas - hipnótico.
Ali estava ela: seminua. Perfeita. E seus olhos me chamaram ao agora, a prometer o gozo futuro.
* A foto veio daqui: the things that excite me
Postado por Bia às 22:30
sábado, 24 de abril de 2010
Senhora censura
Para tudo o que pensava ou dizia, ouvia: isso não pode.
Rascunhava alguns traços, umas letras. Combinava coisas, bolava caminhos diferentes. Criava teorias desconcertantes. E lá estava ela, imperiosa, a balançar a cabeça impedindo o avanço. Aquela senhora, dona de toda a verdade, continuava em sua cola, a lhe cobrar compostura e razão.
Eram velhas conhecidas. Traçaram o mesmo caminho, anos antes. E, desde então, não se separaram mais. Mantinham um certo afastamento, como se uma não quisesse saber da outra. O fato era que, a menor ação de uma, a vida da outra era afetada.
Aos poucos foi se entregando, achando que, assim, a tal dona não se manifestaria. Tolo e infantil engano. Aí é que a senhora se encheu de si e, com dedo em riste, enumerou todas as qualidades que a pequena possuía, mas descartava sem alento. Qualidades estas que um dia foram lhe apontadas como problemas.
A pobre já não sabia o que fazer. Se falava, era criticada. Calada, quase humilhada. Na sua inquietude criativa, nunca percebeu que ela mesma alimentara tal relação. Porque na verdade, a bruxa, a crítica, a vil, era seu próprio reflexo no espelho.
Xô, auto-censura! =P
Postado por Bia às 19:31
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Ela foi categórica: dedo podre
Só nós duas à mesa, o assunto me tomou de assalto:
- Já somos íntimas, não? Então eu posso falar pra você. Sempre pensei isso - eu acho que você tem o dedo podre.
Foi a minha cara (de aé) que a fez se explicar melhor: - é, dedo podre para homens... você sempre escolhe uns tipinhos. Não combinam, não têm nada a ver. Acho que é medo do sucesso.
Definitivamente a minha reação (ou a falta de) a animou. Sei lá o que eu disse. Hoje traduzo minhas poucas palavras como blá-blá-blá-whiskas-sachet. Bolo na garganta, soco no estômago. Pensamento interno disparado e me crucificando: - como assim, você não responde??? Sim, eu não respondi. Acho que na hora eu até concordei! Devo ter falado algo como: - é, eu tenho o dedo podre o.O
Passado o susto, me pergunto: como uma pessoa que mal me conhece pode falar da minha vida? Como uma fedelha de 20-e-poucos-anos pode categoricamente atestar que eu, macaca-velha de quase-quarenta, fiz escolhas erradas?
É certo, testado e comprovado, que tenho uma película antiaderente que impede certos tipos (canalhas lindos, inclusive) de grudarem em mim. Posso até ter uma certa preferência, mas logo eles perdem o encanto e não são mais atraentes.
Mas, será que a bunitinha acha que, para uma mulher ser feliz, é preciso um homem na história? Aliás, um marido? Ou que a busca de todas nós, mulheres, é o casamento? E que a falta deles - casamento, festa, aliança, marido - é sinal de fracasso??? Ou ainda, aos quase-quarenta, não ter tudo isso, é sinal de escolhas erradas?
Sinto dó de pessoas assim. Tão pobres em suas possibilidades... tão limitadas, prisioneiras de modelos e pensamentos, sem nem questionar se estes são válidos, enfim.
E, para completar, a tal segue minha trilha, namorando meus ex. Dois deles. Pode?
Postado por Bia às 01:48
quarta-feira, 31 de março de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
A história recriada, ou Um Tributo a Todos os Homens.
Essa é a história da amiga de um amigo meu. Ela me foi contada em uma noite chuvosa, depois de muitos drinks a mais, na mesa de um bar, durante uma nada inocente brincadeira chamada "verdade ou consequência". Éramos sete ou oito amigos bebendo depois do trabalho. As revelações eram picantes, mas em nada diferentes do cardápio já conhecido e praticado por todos. Até a pergunta corriqueira surgir: fetiche, qual o seu?
Rimos muito com as respostas, imaginamos umas cenas estranhas e não sei bem por qual motivo, a brincadeira desviou um pouco, deu uma esfriada e quase morreu, até que Carlos colocou o assunto em pauta:
- Uma amiga, e não vou dizer o nome, me confidenciou que só goza quando transa com estranhos...
Entre gargalhadas desconcertadas, respondemos que quase todo mundo ali, pelo menos uma vez na vida, já tinha dado para um estranho.
- Estranho completo, gente. Escolhido quase que aleatoriamente, completou Carlos e continuou: - é, ela me disse que se arruma toda, sai por aí e, quando esbarra em um cara desacompanhado, sugere um sexo rápido. Ela diz não ter padrões nem preferências. Só repara na mão do sujeito e confere os cuidados com a higiene pessoal. (pelo menos isso, falamos!) Diz que goza como nunca gozou com namorados ou amantes... Que é uma coisa selvagem, sei lá, ela nem sabe explicar direito.
Manel cortou o assunto quando chegou com a última rodada e a conta. Uma galera, constrangida e excitada, resolveu aproveitar a deixa e ir embora. O que fez a mesa toda se despedir e programar um próximo encontro, para saber mais detalhes das aventuras da tal amiga do Carlos.
Eu morava muito perto para pegar um taxi, por isso resolvi caminhar pelos quatro quarteirões até em casa. Não pensei mais no assunto, que ficou esquecido em algum lugar na minha mente. Dormi e sonhei cenas obscuras, tensas, quentes. Acordei suada e ofegante, mas sem lembrar direito o que havia sonhado. No resto da noite, até o amanhecer, foi um sono pesado.
Nem preciso dizer que acordei atrasada para o trabalho. Ducha rápida, café devorado em segundos, e num pulo já estava no primeiro ônibus que passou.
Quando ele subiu um ponto depois, foi o meu nariz quem o sentiu primeiro. Um cheiro de macho, sabe? Nem alto nem baixo, de jeans, camiseta, mochila. A barba por fazer ressaltava o queixo. Levemente moreno, cabelos curtos, e olhar cansado. Ele não era nada demais. Não chamava atenção. Não sei porque o vi. Muito menos porque me interessei por ele.
A história da noite passada me tirou daquele transe. - Credo, pensei, o que deu em mim? - e ri sem graça.
Perdi meu ponto e tive que caminhar dois quarteirões... Eu estava impressionada demais. Reparava em cada espécime masculino que cruzava meu caminho. Estranhamente, me excitava pensar como seria ser tocada por cada um deles. Como seria a pegada, a pressão das mãos nos meus braços? Qual seria a posição preferida? De que jeito beijavam? E que gosto teriam na boca? Como reagiriam no momento do gozo?
Naquele percurso de cinco minutos, me perdi a observar esses homens tão comuns que se aglomeram nos bares de esquinas, ou nas calçadas a esperar o sinal abrir. Homens que não frequentam a balada do momento, mas se reúnem na frente de uma TV para ver o jogo começar. Homens que viram o pescoço para acompanhar o andar rebolativo de qualquer mulher.
São canalhas, cretinos, santinhos, bons moços. Trabalhadores, desempregados, folgados, caretas. Nerds, surfistas, roqueiros, sem jeito. Suados, cansados, malhados. Homens no gênero, na essência, na marra. Cada um de um jeito singular. Mas todos meninos-moleque na cama, quando dentro de uma mulher.
Postado por Bia às 00:50
sábado, 2 de janeiro de 2010
2010 chegou tão rápido...
Postado por Bia às 11:38
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
acesa
Foi no programa da Fernanda Young que redescobri a eterna Alcione.
eu vou te ganhar na gandaia
te amarrar no cóis da minha saia
dar um bote certeiro no teu coração
vou te cercar nas armadilhas da paixão [bis]
quem me tem assim acesa
fica sem defesa para o meu amor
só come gostoso se for no meu prato
só sonha bonito no meu cobertor
meu corpo é coisa feita quando ama
sabe todo toque, todo truque, toda trama
voce nem imagina, que veneno tem o beijo meu
na brasa da minha esteira, vou te viciar pra vida inteira
voce caiu na teia do desejo quando me escolheu
vou te mostrar coisas do amor, que aprendi amando
vou dar um nó nesse xodó que ta rolando
no dengo eu vou ser dona do teu mundo
vou te dar um trato como eu gosto
vou pegar fundo
Postado por Bia às 16:58
terça-feira, 13 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Impacto
[Abri o baú, e não é que o primeiro texto que vejo é esse? Nesse momento, retiro os óculos, me recosto na cadeira, numa meia espreguiçada tímida, inspiro fundo e volto para o mundo. Taí, não preciso dizer mais nada...]
Outro dia, quando eu pesquisava para um novo projeto, me deparei com uma frase do escritor francês André Gide que - desde então! - não me deixa o pensamento: "Que a importância esteja em teu olhar e não na coisa olhada".
Silêncio nos pensamentos [mas por poucos minutos. Logo depois volta aquela típica confusão de quem quer abraçar o mundo e fazer-tudo-ao-mesmo-tempo-agora.]
Cinqüenta e seis anos depois de sua morte, André vive e respira em mim. Ou pelo menos a sua afirmação ganha uma vida incrivelmente agitada em mim.
Quantas vezes desviei a atenção, menosprezando o meu olhar, privilegiando assim tantas coisas mal-acabadas que só eram completas ao meu ver?
Repensando tantas coisas, deixei de lado parte de mim.
Postado por Bia às 16:05
domingo, 19 de julho de 2009
Foi uma mentira?
Tem histórias que, quando terminam, deixam um gosto de... mentirinha.
Parece que inventamos aqueles personagens, as cenas, os cenários.
Tudo tinha uma cor diferente.
E agora, com a verdade na tona, o que foi mesmo que aconteceu?
O coração dolorido, em pedaços, faz lembrar parte do que houve.
Mas só a minha parte. Porque a sua parece nunca ter estado aqui.
photo by Trine de Florie.
Postado por Bia às 19:22
domingo, 12 de julho de 2009
Chocottrix home edition
Quando lembro do passado, dos momentos doces, ela estava lá. Foi em 1973 que minha mãe ganhou essa receita, na porta da minha escola, da mãe de algum amiguinho.
Essa torta de chocolate sempre foi a minha predileta. Até a ditadura da moda a excluir dos meus dias. Hoje, já superei a culpa e ela volta majestosa, molhadinha, com ou sem acompanhamentos...
Esse da foto, além da calda indicada pela receita, molhei com creme de leite (para "quebrar"o doce), e cobri com duas colheres de sopa de doce de leite (para acrescentar uma textura diferente) Afinal, tudo pode ser uma bela desculpa para a torta ficar ainda mais gostosa.
A partir de hoje, a torta de nescau ganha um novo nome: Chocottrix. =P
Torta Chocottrix
8 colheres de sopa de açúcar
8 colheres de sopa de farinha de trigo
8 colheres de sopa de Nescau
2 colheres de sopa de fermento
125 gramas de margarina
5 ovos inteiros
Bater a massa na ordem da receita.
Assar em tabuleiro untado com margarina.
Calda quente
8 colheres de sopa de açúcar
4 colheres de sopa de Nescau
1 copo de leite
50 gramas de margarina
Levar ao fogo, até ferver. Retirar do fogo e molhar a torta ainda quente, recém saída do forno.
Ah, por favor, comer sem culpa, ok?
Porque este é um pecado que vale cada garfada. =P
Postado por Bia às 20:56
sábado, 11 de julho de 2009
Procura-se
Assuntos interessantes, fatos instigantes.
Prometo que volto logo... reinventada do que um dia eu fui.
Não exatamente igual, mas adaptada, renovada, remodelada enfim.
Ah! A bela foto é de Jenny W.
Postado por Bia às 22:59